Na minha alma em flor
Paira um não sei quê de passarinho.
Bem-te-vi ou beija-flor?
Azulão ou sabiá?
Sei lá...
No meu coração de criança
Tem sempre uma voz que não se cansa
De dizer: — Bem-te-vi, bem-te-vi, te vi...
E quando eu adentro matas, florestas, parques
Conheço-os pelos seus trinados
E os avisto como que reconhecendo terreno
De irmão.
Neste meu coração
Pelos pássaros livres, apaixonado.